segunda-feira, 6 de junho de 2011

O futuro de Alisson Machado...

Antes se falava em futebol arte, depois a arte sucumbiu perante a força... Na atualidade, o futebol contemporâneo apresenta uma tendência interessante, que surge exatamente do imbrica mento entre a arte e a força. Poderia classificá-lo, ou mesmo rotulá-lo, pela sua principal característica: a inteligência. Assim estou apontando para um futebol que exigirá cada vez mais um jogador inteligente.

Mas, antes de tudo, o que é inteligência? De qual matriz teórica falo sobre inteligência? Seria inteligência em qual perspectiva paradigmática? Ou então seria falar sobre inteligência por meio de chavões (frases feitas). Complementando, como formar um jogador inteligente?

O futebol no Brasil, no que tange a formação, ainda é empírico. Salvo o conhecimento científico advindo das teorias fisiológicas e bioquímicas (que gosto sempre de reforçar), as quais sustentam a boa formação física dos jogadores, para suportar os treinos tecnicistas (nenhum pouco inteligente) de muitos treinadores.

Um jogador inteligente não se forma apenas dentro de campo. Um jogador inteligente não nasce pronto. Um jogador inteligente não pode ficar confinado num alojamento. Um jogador inteligente não pode aprender com quem não é inteligente. Um jogador inteligente não sobrevive em um ambiente pouco desafiador e pobre em estímulos. Um jogador inteligente não aceita padrões. Um atleta inteligente não aceita zonas de conforto...
De fácil constatação, em seu ambiente natural o menino-águia jogava futebol a todo o momento. Dormia com a bola, driblava o café da manhã e goleava os amigos na hora do recreio, para não falar das “Copas mundiais” disputadas em frente a sua casa. Alison Machado dos Santos 15 anos, filho de Paulo Ricardo dos Santos e sua mãe Janaina Machado dos Santos, goleiro, natural de Santiago inicou sua trajetória treinando em separado com seu pai, mais tarde ingressando nas categorias de base do Cruzeiro de Santiago que para a progressão, a formação do atleta depende-se também da estrutura oferecida, acompanhamento diário, o Esporte Clube Internacional de Porto Alegre, hoje a casa de alison, oferece a estrutura que todo o menino sonha em ter, aos 15 anos o atleta mora nos alojamentos do clube, enfrenta a saudade da família mas persiste pelo sonho de ser profissional.

Ser um responsável competente e preparado para assumir as responsabilidades de formação que todo humano precisa.Ser inteligente é ser capaz de resolver problemas. Falando-se em futebol, significa que todos os treinamentos dentro e fora do campo que os jogadores forem submetidos devem se caracterizar como problemas a serem resolvidos pelos atletas. Muito diferente do que acontece hoje, em que os jogadores são tratados como seres especiais, os quais de modo paternalista e assistencialista precisam ser atendidos em todas as vontades, evidenciando uma ação voltada para o que o jogador quer e não o que ele precisa.
Os pais de Alisson tem o dever de cuidar do seu psicológico, manter os pés no chão e trabalhar da forma correta, no mundo da bola como dizem as gírias dos boleiros tudo pode acontecer e a família nesta hora é determinante. E o que o jogador inteligente precisa é ser estimulado a pensar. Pensar no jogo não é fácil, pois o prazer que ele proporciona muitas vezes encobre a necessidade de agir diferente do habitual.

Portanto, somente a inteligência vence a força. Alisson e seus pais formam um grupo familiar para que as vitorias persistam.

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